sexta-feira, 30 de outubro de 2009
POESIA: Egotismo
Quero a morte pra pode viver
Quero dor pra sentir-me vivo
Beijo na testa pra me proteger
Beijo na boca pra perder o juízo
Quero um fora para idolatrar
Quero uma puta pra sentir prazer
Quero pão pra multiplicar
Cachaça pra poder esquecer
Quero cerveja pra fazer amigos
Quero fama pra ficar bonito
Musica pra respirar
E oxigênio para envelhecer
Quero ciúmes pra te valorizar
Quero Tom pra lembrar Brasil
Maça pra poder pecar
E Chico pra lembrar do Rio
Quero ser velho pra historias contar
Quero ser crianças pra historias ouvir
Quero ser jovem pra poder sonhar
E o choro pra poder sorrir
E se eu pudesse voltar no tempo
Desde o berço do meu nascimento
Faria tudo exatamente igual
Sem culpa e sem arrependimento
*Foto por Manuela Bertol (http://www.flickr.com/photos/manuelabertol/)
boaviagem. gugagumma.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
POESIA: Eu To Pensando
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
POESIA: Aquário
Preso num aquário dentro dos seus olhos
O pôr do sol, o peixe, a dança
Andando em círculos pela lua
Esfera de manha cedo
Não te vejo mais desde o carnaval
Preso num aquário dentro dos seus olhos
Budapeste longe de você
A brisa aveludando o corpo
Hoje não dá mais
Eu vi você
Tava caminhando pela rua
Os cabelos soltos
Passo apressado, cheiro de café
Pensamento sem razão
Preso num aquário dentro dos seus olhos
Teto acima de tudo
Construindo um palácio no deserto
Procurando a solidão
Em um esconderijo debaixo de um guarda chuva negro
Eu vi você
Eu vi você
Eu vi você
*Foto por Manuela Bertol (http://www.flickr.com/photos/manuelabertol/)
Boaviagem. gugagumma.
DICA DA SEMANA: Lucas Santtana - Sem Nostalgia
Em “Sem nostalgia”, seu quarto disco, Lucas Santtana entorta as supostas regras e convenções do estilo voz e violão, mostrando que é possível ir bem além de simplesmente sentar no famoso banquinho, dedilhar as cordas e cantar. Todos os sons de “Sem Nostalgia” (com excessão dos ruídos de insetos, sampleados e orquestrados por Lucas) foram produzidos utilizando apenas a voz e o violão. Isso não significa que a gravação tenha ficado limitada a dois canais, ou mesmo que o uso de outros equipamentos — softwares, pedais, filtros, diferentes microfones e técnicas — não pudessem ser utilizados para montar os arranjos. Explorando a tecnologia e as ferramentas disponíveis, esse “é um disco de voz, violão e ambiente”, como Lucas gosta de dizer. Foi essa postura que abriu os horizontes. Os músicos e produtores convidados experimentaram esse conceito de diversas formas.
Mais uma vez o blog Gugagumma trazendo novidades e provando que a nossa geração é mais criativa de todas!!
Boaviagem. gugagumma
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
DICA DA SEMANA: André Abujamra - O Infinito de Pé
André Cibelli Abujamra (São Paulo) é um cantor, compositor, multinstrumentista e ator brasileiro. Ele é filho do diretor de teatro e ator Antônio Abujamra. Seu primeiro grupo musical foi Os Mulheres Negras e depois Karnak. Ambas as bandas marcaram epoca; Karnak se tornou um clássico da world music nacional. Em 2004 lançou seu primeiro album solo, que pra mim foi um marco! Mistura de musica africana, com owrld music, com mpb e toques da religião umbanda. Muito bom!! Vale a pena!
pra baixar: http://www.mediafire.com/?bhbwvoyetxm
Boaviagem. gugagumma
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
DICA DA SEMANA: Paulinho Moska - + Novo de Novo
Formado em teatro e cinema pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras), no Rio de Janeiro. Integrou o o grupo vocal Garganta Profunda, que, em seu repertório, cantava de Beatles e Tom Jobim à óperas medievais. Em 1987 formou o grupo Inimigos do Rei, com amigos do Garganta. Em 1993 lançou e seu primeiro album e com o tempo sue som foi amadurecendo e hoje Moska é um dos artistas brasileiros mais respeitados aqui e no mundo. Um grande nome da mpb, já eternizado no ambiente musical. Considero esse album + Novo de Novo um dos melhores, com poesias lindas e melodias delicadas, com seu toque fino de violão e muito wah wah!!
Para baixar o álbum:
http://www.mediafire.com/download.php?jj2zmqzmzyc
ou http://www.mediafire.com/?mlmmyfommnq
Boaviagem. Gugagumma
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
POESIA: Dr Benigus
Dr Benignus, pobre doutor
Entra na selva em busca do povo
Entra e sai, e nada
Tem o desenho do sol nas mãos
O sonho do Eldorado Amazônico
Em suas aventuras rocambolescas
Na busca de pirâmides horizontais
Inspirado pela figura humanizada de sol
Arrisca expedição ao mundo perdido
Pobre cientista em busca da falsa utopia
Tal papiro não era indígena
Era um consolo de seu criado para tirá-lo da tristeza
Dr Benignus era como eu
Eu também quero meu Eldorado
E busco a cada dia nos meus olhos
Que meus sorrisos não sejam um falso papiro
E busco a cada dia nos meus olhos
Que minha felicidade não seja um consolo de pena
*Baseada na primeira obra de ficção científicade ficção científica escrita no Brasil pelo português naturalizado brasileiro Augusto Emílio Zaluar publicado em 1875.
Boaviagem. Gugagumma
sábado, 3 de outubro de 2009
DICA DA SEMANA: Moreno +2 - A Máquina de Escrever Música
Moreno Veloso estudou Física na faculdade, mas atua como músico no Brasil e no exterior. Ele é filho de Caetano Veloso.
Em 2001, o primeiro CD lançado foi "Máquina de Escrever Música", com Moreno Veloso liderando o projeto, o qual tinha como foco dramático a voz e o violão de Moreno em parceria com Domenico Lancelotti e Kassin.
Um álbum estremamente conceitual com uma mistura de mpb com eletrônico muito interessante!
Vale a pena!!
Para baixar:
http://www.mediafire.com/download.php?2iym2zjmzml
Boaviagem. Gugagumma
sábado, 26 de setembro de 2009
POESIA: Coração Doado
Inventou de procurar
Os segredos da vida
Arrumou suas malas
E entrou na estrada
Procurando por verdes vales
Procurando por sorrisos
Sua resposta não achava
Perguntou para os cientistas
Perguntou para os poetas
Suas respostas eram nulas
Procurando nas bibliotecas
Procurando em vários livros
Eram páginas rasgadas
A beleza que a vida lhe dava
a alegria que as flores lhe davam
Não lhe eram o bastante
Viveu aos cem
Com um coração de outro
Boaviagem. Gugagumma.
DICA DA SEMANA: Mallu Magalhães
Aos nove anos, Mallu ganhou um violão e dois anos depois passou a fazer aulas. Já aos doze anos, passou a compor. Em seu aniversário de 15 anos, Mallu pediu para seus pais e avós que seus presentes fossem dados em dinheiro. Com ele, Mallu pôde gravar quatro músicas e as deixou disponíveis na internet no site MySpace, assim ganhando noteoriedade, em 2008 gravou seu primeiro album auto-intitulado.
Mallu inovou a mpb com pegadas folk fortemente influenciadas por Bob Dylan.
Para baixar:
http://www.mediafire.com/download.php?cnvqdwyz4mm
Boaviagem. Gugagumma
domingo, 20 de setembro de 2009
POESIA: No Brilho das Estrelas
Deitado no banco gelado, olhando pro céu
Eu vejo o passado do espaço
Num piscar de olhos milhões de anos se passaram
O escuro sombrio e misterioso
Me deixa na mente varias interrogações
Acima de nossas cabeças está o infinito
Tão longe e ao mesmo tempo tão perto
O espaço é como a mente; não tem fim
Limites são utopias
Mares distantes porem navegáveis
Entrando neste barco eu vejo alem do muro
Um mundo surreal, meu mundo real
Com os olhos pra dentro eu enxergo mais que você
Eu vejo a energia fluir em um mundo onde só existe poeira
Como posso acreditar no que vejo?
Se o que eu vejo é o passado
Eu vivo o presente, mas enxergo o passado
Um dia talvez descubra o porquê das coisas
Nesse dia minha alma estará libertada
E meu barco afundado...
Poesia feita em 23/09/2004
Boaviagem. Gugagumma.
sábado, 19 de setembro de 2009
DICA DA SEMANA: Nei Lisboa - Cena Beatnik
Nei Lsiboa - Cena Beatnick
Nei Lisboa, considerado um dos maiores compositores e poetas do nosso tempo, apesar de ser muito bem conceituado pela musica nacional, é pouco conhecido popularmente. Com 9 álbuns lançados e musicas regravadas por Caetano Veloso, Zélia Duncan, Simone Capeto, entre outro. Este ano Nei completou 30 anos de carreira e pretende lançar um dvd. Dedici colocar aqui o álbum Cena Beatnick, por ser um álbum extremamente envolvente e criativo, mas gosto de todos, em breve outros álbuns deste gênio estarão aqui.
Para baixar:
http://www.mediafire.com/download.php?lnm5qay11hn
terça-feira, 15 de setembro de 2009
POESIA: Meu Reciprocomovel
Minha bicicleta é meu reciprocomovel
Onde eu à levo, ela me leva
Ela é meu carro, meu automóvel
Juntos a gente navega
Cortando as ruas e entortando as esquinas
Eu desenho a minha estrada
E sou interrompido por uma busina
Mas não desanimo e subo a calçada
Minha bicicleta adora passear
E quando eu pedalo, eu sinto a brisa
O vento no rosto me faz acalmar
Aumentando a sensação eu tiro a camisa
Fecho os olhos e deixo ela me levar
*Foto por Manuela Bertol (http://www.flickr.com/photos/manuelabertol/)
Boaviagem. Gugagumma.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
POESIA: Velho Cachecol
E pouco a pouco conforme os ventos passam
E as cordas vão afrouxando e as engrenagens enferrujando
Eu já nem ligo mais para você
Não canto mais as suas canções
Nem olho mais pra lua
Seus filhos, nossos filhos
Hoje guardados na ultima gaveta
Amassados amarelados na velha escrivaninha
Desisto de nós desisto da terra
Quem disse que viver é melhor que sonhar
Quem disse que a vida era ser perfeita
Quem disse que me disse que me disse
Que o velho cachecol que você me fez não me serve mais
Boaviagem. Gugagumma
sábado, 12 de setembro de 2009
DICAS DA SEMANA: Ana Cañas - Hein? (2009)
Ela nunca fez aula de canto e sempre teve o sonho de ser professora de teatro. Aos 22 anos tudo isso mudou. Ana descobriu o jazz, e com o ritmo, a sua própria musicalidade. Em 2007, aprendeu a tocar violão, lançou o primeiro disco independente e foi considerada uma das maiores revelações da MPB. Hoje, aos 28 anos, Ana lança o seu segundo trabalho, Hein?, com um estilo mais rock e com músicas feitas em parceria com Arnaldo Antunes. Um álbum fantástico com muitas levadas de rock, mostrando que a musica brasileira está melhor que nunca!!!
Para baixar o album:
http://www.mediafire.com/download.php?gnm4zythoyn
Boaviagem. Gugagumma
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
POESIA: O Últimos Karijós
Lá do morro desce o índio
Ouvindo rock pelo fone
O asfalto quente não lhe queima
O tênis é da adidas
O sol não lhe seca
A bebida é coca light
Pensadores o criticam
Perdeu suas raízes
Perdeu sua cultura
O índio não liga
Tem um blog de jazz
E dinheiro pra cachaça
Tatuagem no Brasil é índio norte americano
O índio não tem país
O índio é do mundo
São os últimos karijós
Os novos brasileiros
Geração criativa, cabeça aberta
O índio com colesterol
Tatuagem no Brasil é índio norte americano
Boaviagem. Gugagumma.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Músicas Próprias: Falar de Mim (Os Últimos Karijós)
Falar de Mim
C Am
Acontece tanta coisa nessa estrada
C Am G
Vida gostosa que machuca o joelho
C Am
Joelho cheio de metcholate
C Am G
Amar a vida feito chocolate
F G Am
Encontrar amores dentro da gente
C Am
Eu lá sei o que tem dentro de mim
C Am G
Me sinto vazio as vezes, mas não sozinho
C Am
Junto frases em vão pra tentar me explicar
C Am G
Junto os meus pedaços pelo caminho
C Am
Tu gosta de mim tanto quanto eu
C Am G
Mas meus maus costumes são assim
C Am
Gosto de cambalhotas na janela
F G Am
E desenhar casinhas com chaminé
F G
Gosto de balanço, de estrelas e do sol
F Bb C G
Não gosto de cair da arvore
F G Am
Mas o joelho sempre com metcholate
Banda:
Guga - voz e violão
André - baixo e voz
Rafael - percussão
Letra e música por gugagumma
Boaviagem.
sábado, 5 de setembro de 2009
DICA DA SEMANA: Tiê
TODO SÁBADO É DIA DE DICA DA SEMANA!!
Tiê era figura freqüente nos palcos da noite paulistana. Primeiro como intérprete, depois experimentando composições próprias. O seu talento chamou a atenção de Toquinho, que a convidou para ingressar em sua banda. Tiê rodou o Brasil e o mundo com o músico e acumulou experiência.
Em 2008 Tiê preparou seu primeiro CD com 10 canções de autoria própria e um estilo delicado de tocar (violão e piano) e cantar sutilmente, provando ser uma artista promissora na nova cara da mpb. Toquinho teve participação na musica Sweet Jardim.
Para baixar o abum
http://www.mediafire.com/?uoz2zkuyzzm
Boaviagem. Gugagumma
Tiê era figura freqüente nos palcos da noite paulistana. Primeiro como intérprete, depois experimentando composições próprias. O seu talento chamou a atenção de Toquinho, que a convidou para ingressar em sua banda. Tiê rodou o Brasil e o mundo com o músico e acumulou experiência.
Em 2008 Tiê preparou seu primeiro CD com 10 canções de autoria própria e um estilo delicado de tocar (violão e piano) e cantar sutilmente, provando ser uma artista promissora na nova cara da mpb. Toquinho teve participação na musica Sweet Jardim.
Para baixar o abum
http://www.mediafire.com/?uoz2zkuyzzm
Boaviagem. Gugagumma
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Músicas Prórpias: Marco Pólo (Os Últimos Karijós)
C
O pobre jovem Marco Polo inconformado
G
Com a maneira com que foi tratado
D
Questionava com pertinência
C G
Se estava certo em sua, em sua consciência
D
Cada ser humano é um mundo
C
Muitos amam a rotina
Muitos amam aventura
G
Marco Pólo amava a aventura de viver
D C G
Oioioioio. Oioioioio. Oioioioio.
C
Provocaram sua inteligência
G
Tornou-se um desafio (buscar)
C
Procurar com pertinência
D C
Informações sobre os indigentes
D C G
Informações sobre os indigentes
Banda:
Guga - voz e violão
André - baixo e voz
Rafael - percussão
Letra por gugagumma
Música por Katu
Boaviagem.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
POESIA: Curta para Lubna
sábado, 29 de agosto de 2009
POESIA: Falar de Mim
Acontece tanta coisa nessa estrada
Vida gostosa que machuca o joelho
Joelho cheio de metcholate
Amar a vida feito chocolate
Encontrar amores dentro da gente
Eu lá sei o que tem dentro de mim
Me sinto vazio as vezes, mas não sozinho
Junto frases em vão pra tentar me explicar
Junto os meus pedaços pelo caminho
Vida gostosa que machuca o joelho
Joelho cheio de metcholate
Amar a vida feito chocolate
Encontrar amores dentro da gente
Eu lá sei o que tem dentro de mim
Me sinto vazio as vezes, mas não sozinho
Junto frases em vão pra tentar me explicar
Junto os meus pedaços pelo caminho
Tu gosta de mim tanto quanto eu
Mas meus maus costumes são assim
Gosto de cambalhotas na janela
E desenhar casinhas com chaminé
Gosto de balanço, de estrelas e do sol
Não gosto de cair da arvore
Mas o joelho sempre com metcholate
Mas meus maus costumes são assim
Gosto de cambalhotas na janela
E desenhar casinhas com chaminé
Gosto de balanço, de estrelas e do sol
Não gosto de cair da arvore
Mas o joelho sempre com metcholate
Boaviagem. Gugagumma
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
CRÔNICA: Medo de Ser Feliz
Entrei no ônibus.
Feliz estava, tudo dando certo. Poltrona 25, janela, lado esquerdo do corredor, a mesma da ida. Vinte e cinco é um numero bonito; ¼ de 100. Longe do banheiro. Gosto da matemática. Sentei-me, ninguém do lado, porem, ao lado direito do corredor, poltrona 23 e 24 (acho), estava uma moça com duas crianças: uma menina de uns 4 anos e um menino de colo. Sorri para ele, a moça sorriu para mim.
Que sorriso fantástico!!! Ela deveria ter uns 21 anos no máximo, e já dois filhos. Que sorriso fantástico!!! Não pude evitar, sorri também, ela continuou sorrindo. Me apaixonei, disfarcei. Me acomodei, coloquei os fones para descontrair, mas as vezes olhava, ela olhava também e sorria, eu sorria.
Ela era doce, sorriso doce, um jeito meigo, um jeito alegre de levar a vida. Com duas crianças no colo e um sorriso constante no rosto! E assim foi a viagem: silencio, troca de olhares, sorrisos pra lá, sorrisos pra cá. Paixão.
Três horas depois de puro êxtase por aquele sorriso, eu deveria tomar alguma atitude: um gesto, uma conversa, uma poesia. Já sei!! Um bilhete! Claro! Ela saberia o que eu estava sentindo, nunca mais a veria de novo, mas ela saberia que seu sorriso era hipnotizante!
Peguei meu bloco de notas e escrevi ”Que coisa boa virar pro lado e ver-te sorrindo! Um sorriso gostoso e verdadeiro que me envolveu!! Valeu a Viagem. G.”
Eu a entregaria na saída, quando estivesse indo embora, talvez ela se emocionasse, talvez se apaixonasse, talvez corre-se atrás de mim, talvez não soubesse ler, talvez rasgasse, talvez escondesse, talvez chorasse, talvez um deboche.
O ônibus estava chegando, e a troca de sorrisos continuava. Já estava ensaiado: eu levantaria, entregaria o bilhete, daria tchau e pronto!
O ônibus chegou, respirei fundo! Levantei devagar, pensei, pensei, pensei de mais, odeio pensar. Olhei pra ela, sorri e disse: “Tchau”.
O bilhete nunca foi entregue e por enquanto nunca será.
A vida é assim, um sorrido fascinante, uma paixão de ônibus, um bilhete não entregue, o medo de ser feliz.
Feliz estava, tudo dando certo. Poltrona 25, janela, lado esquerdo do corredor, a mesma da ida. Vinte e cinco é um numero bonito; ¼ de 100. Longe do banheiro. Gosto da matemática. Sentei-me, ninguém do lado, porem, ao lado direito do corredor, poltrona 23 e 24 (acho), estava uma moça com duas crianças: uma menina de uns 4 anos e um menino de colo. Sorri para ele, a moça sorriu para mim.
Que sorriso fantástico!!! Ela deveria ter uns 21 anos no máximo, e já dois filhos. Que sorriso fantástico!!! Não pude evitar, sorri também, ela continuou sorrindo. Me apaixonei, disfarcei. Me acomodei, coloquei os fones para descontrair, mas as vezes olhava, ela olhava também e sorria, eu sorria.
Ela era doce, sorriso doce, um jeito meigo, um jeito alegre de levar a vida. Com duas crianças no colo e um sorriso constante no rosto! E assim foi a viagem: silencio, troca de olhares, sorrisos pra lá, sorrisos pra cá. Paixão.
Três horas depois de puro êxtase por aquele sorriso, eu deveria tomar alguma atitude: um gesto, uma conversa, uma poesia. Já sei!! Um bilhete! Claro! Ela saberia o que eu estava sentindo, nunca mais a veria de novo, mas ela saberia que seu sorriso era hipnotizante!
Peguei meu bloco de notas e escrevi ”Que coisa boa virar pro lado e ver-te sorrindo! Um sorriso gostoso e verdadeiro que me envolveu!! Valeu a Viagem. G.”
Eu a entregaria na saída, quando estivesse indo embora, talvez ela se emocionasse, talvez se apaixonasse, talvez corre-se atrás de mim, talvez não soubesse ler, talvez rasgasse, talvez escondesse, talvez chorasse, talvez um deboche.
O ônibus estava chegando, e a troca de sorrisos continuava. Já estava ensaiado: eu levantaria, entregaria o bilhete, daria tchau e pronto!
O ônibus chegou, respirei fundo! Levantei devagar, pensei, pensei, pensei de mais, odeio pensar. Olhei pra ela, sorri e disse: “Tchau”.
O bilhete nunca foi entregue e por enquanto nunca será.
A vida é assim, um sorrido fascinante, uma paixão de ônibus, um bilhete não entregue, o medo de ser feliz.
Boaviagem. Gugagumma
POESIA: Voz, Vinho e Violão
Lúdicas coisas que irradiam num jardim
Repleto de luzes a noite vagalumes
Repleto de luzes a noite vagalumes
Sempre será
Num sonho longínquo, doces palavras.
De versos dadaístas, com parcimônia
Silêncio
Sempre será
Luz que aquece a emoção
Evaporiza teus fluídos
De versos perdidos
Música
Sempre será
Definição, amizade, mar
Voz, vinho e violão
Poesia
Sempre será
Num sonho longínquo, doces palavras.
De versos dadaístas, com parcimônia
Silêncio
Sempre será
Luz que aquece a emoção
Evaporiza teus fluídos
De versos perdidos
Música
Sempre será
Definição, amizade, mar
Voz, vinho e violão
Poesia
Sempre será
Boaviagem. Gugagumma
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
POESIA: Reflexão
Depois de tanto tempo
Refletindo sobre a vida
Chego a uma conclusão profunda
Talvez nem limpa, nem tão imunda
Que a vida feito uma escada
Tem as vezes degraus altos
E tem as vezes passos falsos
E que em alguns vou escorregar
Todos tentam subir no alto
E quando chegam a lugar nenhum
Conquistaram tantas coisas
Mas não sabiam o que procurar
Onde eu estive todo tempo
Onde fui parar com meus pensamentos
Pensando de mais aonde
Que a gente vai chegar
Se penando de mais percebemos
Que não estamos em nenhum lugar
Nada é tão fácil
Quanto parece, nem tão difícil
Quanto a explicação
Do manual ou da televisão
Tudo que é bom na vida
É ilegal, imoral
Ou engorda ou até quem sabe
Pode até te fazer mal
Quem mais nos faz sofre na vida
não quem a gente odeia,
nem pessoas inimigas
mas sim quem a gente ama
Toalha nova nunca seca
Panela velha é como vinho
E cerveja em copo de plástico
É como sexo com camisinha
As mais belas pessoas no shopping
E as mais queridas estão no mar
Enquanto a gente esta aqui
Fazendo musica pra ninguém ouvir
E quando eu achei q tinha todas as respostas
Veio a vida e mudou todas minhas perguntas
Refletindo sobre a vida
Chego a uma conclusão profunda
Talvez nem limpa, nem tão imunda
Que a vida feito uma escada
Tem as vezes degraus altos
E tem as vezes passos falsos
E que em alguns vou escorregar
Todos tentam subir no alto
E quando chegam a lugar nenhum
Conquistaram tantas coisas
Mas não sabiam o que procurar
Onde eu estive todo tempo
Onde fui parar com meus pensamentos
Pensando de mais aonde
Que a gente vai chegar
Se penando de mais percebemos
Que não estamos em nenhum lugar
Nada é tão fácil
Quanto parece, nem tão difícil
Quanto a explicação
Do manual ou da televisão
Tudo que é bom na vida
É ilegal, imoral
Ou engorda ou até quem sabe
Pode até te fazer mal
Quem mais nos faz sofre na vida
não quem a gente odeia,
nem pessoas inimigas
mas sim quem a gente ama
Toalha nova nunca seca
Panela velha é como vinho
E cerveja em copo de plástico
É como sexo com camisinha
As mais belas pessoas no shopping
E as mais queridas estão no mar
Enquanto a gente esta aqui
Fazendo musica pra ninguém ouvir
E quando eu achei q tinha todas as respostas
Veio a vida e mudou todas minhas perguntas
Boaviagem. Gugagumma
foto por Gugagumma
POESIA: Dois Anos de um Namoro Inacabado
Hoje 25 de agosto
Dois anos atrás nos amamos
Um ano atrás brigamos, mas comemoramos
Hoje não nos falamos mais
Que tolos fomos, que pequenos fomos
Papos estranhos e jeitos sem coordenação
Hoje vejo que somos dois normais estranhos
Em busca de objetivos de independência
Tentando ser o melhor pra provar pras noticias
Que nascemos pra vencer e que somos únicos
As feridas levam tempos pra cicatrizar
Que se acelera com brigas e estupidez como álcool puro
Nossa ausência nos amanhecer dos dias
Labirinta quando pensamos na vida
Somos os mesmos, só estamos mais bonitos
Mais velhos e maduros,
Continuo sem saber dançar e você sem parar de fumar
Dois anos depois aprendemos que
Olhar a lua, não importa quão linda está
Importa quem lhe passa o braço no ombro
Dois anos atrás nos amamos
Um ano atrás brigamos, mas comemoramos
Hoje não nos falamos mais
Que tolos fomos, que pequenos fomos
Papos estranhos e jeitos sem coordenação
Hoje vejo que somos dois normais estranhos
Em busca de objetivos de independência
Tentando ser o melhor pra provar pras noticias
Que nascemos pra vencer e que somos únicos
As feridas levam tempos pra cicatrizar
Que se acelera com brigas e estupidez como álcool puro
Nossa ausência nos amanhecer dos dias
Labirinta quando pensamos na vida
Somos os mesmos, só estamos mais bonitos
Mais velhos e maduros,
Continuo sem saber dançar e você sem parar de fumar
Dois anos depois aprendemos que
Olhar a lua, não importa quão linda está
Importa quem lhe passa o braço no ombro
Boaviagem. Gugagumma
POESIA: Pensar é Regredir
Na peça não se pensa
Se vê, se assiste, se vive
Se sente, se fala, se chora
Quem pensa não pede
Não passa, não pode
Na peça a gente pede
A gente pode a gente beija
Quem vive não pede
Não pensa, não pára
Quem pensa não pode
Não vive, não fala
E assim traçamos nossos futuros
Em pensamentos que não cheram
Não choram, não chiam
Só pensam e escrevem poesia
Boaviagem. Gugagumma
Se vê, se assiste, se vive
Se sente, se fala, se chora
Quem pensa não pede
Não passa, não pode
Na peça a gente pede
A gente pode a gente beija
Quem vive não pede
Não pensa, não pára
Quem pensa não pode
Não vive, não fala
E assim traçamos nossos futuros
Em pensamentos que não cheram
Não choram, não chiam
Só pensam e escrevem poesia
Boaviagem. Gugagumma
CRÔNICA: Coca no Restaurante
No restaurante tentei amenizar os carboidratos e exagerar nas saladas, como é de praxe. É que voltei a correr e estou comendo de mais e engordei à emagrecer. Sentei num canto, não exatamente onde queria, era horário de pico. Não tirei os óculos escuros, estava de ressaca, ontem me desvirtuei um pouco.
Comecei a comer, não queria beber, embora sempre bebo. Gosto de molhar a boca enquanto como; ajuda a descer. Mas hoje já tinha tomado um mate antes de chegar.
A garçonete passava pra lá e pra cá. Eu, não a observava diretamente, mas sabia que logo viria falar comigo, ainda não tinha me decidido.
Minutos depois, chegando no final do prato, me deu sede!! Agora queria beber, mas antes de terminar o almoço. Passei a observar a garçonete diretamente, embora talvez ela não me visse por eu estar de óculos escuros (quantas vezes me senti invisível de óculos). Ela ia em todas as mesas da volta, recolhia pratos, pedia se os cliente queriam beber algo, mas eu? Nada!! Comecei a me irritar, pensei em algumas barbaridades pra lhe falar, mas claro; nunca falaria, não sou de fazer isso. Talvez seja de pensar. Ela era feia, antipática e incompetente.
Tirei os óculos.
Dois minutos depois ela se aproximou de mim, e de sua boca saiu uma voz bela e suave: “Querido, o que vais querer pra beber?”. Ela era tão querida, tão bela, tão competente, que tudo mudou!
Sai na rua bebendo um copo de plástico com gelo, limão e Coca. Bebi, e joguei o copo em uma entulhadeira de obras. Estranhamente o copo caiu ao lado de uma latinha de Coca e não há quem duvide no mundo que foi a mesma pessoa que jogou os dois.
Comecei a comer, não queria beber, embora sempre bebo. Gosto de molhar a boca enquanto como; ajuda a descer. Mas hoje já tinha tomado um mate antes de chegar.
A garçonete passava pra lá e pra cá. Eu, não a observava diretamente, mas sabia que logo viria falar comigo, ainda não tinha me decidido.
Minutos depois, chegando no final do prato, me deu sede!! Agora queria beber, mas antes de terminar o almoço. Passei a observar a garçonete diretamente, embora talvez ela não me visse por eu estar de óculos escuros (quantas vezes me senti invisível de óculos). Ela ia em todas as mesas da volta, recolhia pratos, pedia se os cliente queriam beber algo, mas eu? Nada!! Comecei a me irritar, pensei em algumas barbaridades pra lhe falar, mas claro; nunca falaria, não sou de fazer isso. Talvez seja de pensar. Ela era feia, antipática e incompetente.
Tirei os óculos.
Dois minutos depois ela se aproximou de mim, e de sua boca saiu uma voz bela e suave: “Querido, o que vais querer pra beber?”. Ela era tão querida, tão bela, tão competente, que tudo mudou!
Sai na rua bebendo um copo de plástico com gelo, limão e Coca. Bebi, e joguei o copo em uma entulhadeira de obras. Estranhamente o copo caiu ao lado de uma latinha de Coca e não há quem duvide no mundo que foi a mesma pessoa que jogou os dois.
Boaviagem. Gugagumma
Assinar:
Postagens (Atom)