quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CRÔNICA: Coca no Restaurante

No restaurante tentei amenizar os carboidratos e exagerar nas saladas, como é de praxe. É que voltei a correr e estou comendo de mais e engordei à emagrecer. Sentei num canto, não exatamente onde queria, era horário de pico. Não tirei os óculos escuros, estava de ressaca, ontem me desvirtuei um pouco.
Comecei a comer, não queria beber, embora sempre bebo. Gosto de molhar a boca enquanto como; ajuda a descer. Mas hoje já tinha tomado um mate antes de chegar.
A garçonete passava pra lá e pra cá. Eu, não a observava diretamente, mas sabia que logo viria falar comigo, ainda não tinha me decidido.
Minutos depois, chegando no final do prato, me deu sede!! Agora queria beber, mas antes de terminar o almoço. Passei a observar a garçonete diretamente, embora talvez ela não me visse por eu estar de óculos escuros (quantas vezes me senti invisível de óculos). Ela ia em todas as mesas da volta, recolhia pratos, pedia se os cliente queriam beber algo, mas eu? Nada!! Comecei a me irritar, pensei em algumas barbaridades pra lhe falar, mas claro; nunca falaria, não sou de fazer isso. Talvez seja de pensar. Ela era feia, antipática e incompetente.
Tirei os óculos.
Dois minutos depois ela se aproximou de mim, e de sua boca saiu uma voz bela e suave: “Querido, o que vais querer pra beber?”. Ela era tão querida, tão bela, tão competente, que tudo mudou!
Sai na rua bebendo um copo de plástico com gelo, limão e Coca. Bebi, e joguei o copo em uma entulhadeira de obras. Estranhamente o copo caiu ao lado de uma latinha de Coca e não há quem duvide no mundo que foi a mesma pessoa que jogou os dois.


Boaviagem. Gugagumma

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