sexta-feira, 17 de maio de 2013

Poesia: Dois anos de um namoro inacabado


Hoje é o dia
Dois anos atrás nos amamos
Um ano atrás brigamos, mas comemoramos
Hoje não nos falamos mais
Que tolos fomos, tão pequeninos

Papos estranhos e jeitos sem coordenação
Hoje vejo que somos dois normais descohecidos
Em busca de objetivos de independência
Tentando ser o melhor pra provar para eles
Que nascemos pra vencer e que somos únicos

Algumas feridas cicatrizam
Que se acelera com brigas e estupidez como álcool puro
Nossa ausência nos amanhecer dos dias
Labirinta quando pensamos na vida
Somos os mesmos, só estamos mais bonitos
Mais velhos e mais moles
Continuo sem saber dançar e você sem parar de fumar

Dois anos depois aprendemos que
Olhar a lua, não importa quão linda ela esteja
Importa quem lhe passa o braço no ombro
O qual a música que toca.

boaviagem. gugagumma.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

DICA DA SEMANA: Cores: Uma homenagem poética ao vazio do existir.

Meu texto na revista virtual Obvious Magazine.

Em uma época onde sócio-culturalmente tudo já foi feito, pegando carona com a banalização da informação pela popularização da internet; é inegável que um tédio neo existencialista tenha se apossado da juventude pós punk brasileira. Essa temática é retratada no acinzentado longa metragem “Cores”.


Em seu primeiro longa metragem, o diretor Francisco Garcia homenageia as gerações nascidas nos anos 1980; jovens que acompanharam a chegada da globalização e da internet em suas vidas, porém não abandonaram a televisão. Embora exista a facilidade de acesso às diversas atividades, o comodismo se sobressai nesta geração, que não quer se assumir como deprimida, afogando suas angústias em uma lata de Coca Cola. “Cores” não os retrata na forma de uma crítica social, mas sim em uma compilação poética e bela.

Leia o texto na íntegra aqui.

boaviagem. gugagumma.