sexta-feira, 26 de abril de 2013

Poesia: Memórias baldadas de um jovem inábil - Ato II

Ato II - Aos Amigos


E por aquela rua de calçamento amarelo esverdeada e mal iluminada
Corriam, e gritavam, e dançavam, e derramavam suas bebidas
Que se misturavam ao molhado do sereno da madrugada,
Iam meus amigos doidos embriagados.
Eu atrás me esforçando para alcançá-los
E fingindo estar no mesmo patamar de loucura, os seguia.
Os seguia! É...seguir foi o que eu fiz a vida inteira.
Seguia àqueles cuja loucura invejável eu almejava para minha vida
Quem como de vários, não tinham passado por grandes aventuras
E nem silenciavam mesas de bar com discursos pré socráticos de esquerda
Sim! Eu almejava àquelas barbas, àquelas barrigas, a ponta dos dedos amareladas
E até mesmo os sapatos mal lavados e o andar desengonçado
Eles eram meus amigos e eu os admirava, e eu queria fazer parte deles
E eu fazia.

boaviagem. gugagumma

5 comentários:

  1. Fazia, faz e sempre fará!!
    Belas frases!!
    Grande abraço, meu amigo!!

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  2. (...)"barbas, barrigas e a ponta dos dedos amareladas", de fato, foram lindas suas palavras, nobre amigo que vem tirar esse limbo das nossas almas, cada vez mais safadas!

    parabéns e parabéns e mais um parabéns, "tá no caminho, continue assim" (ou não)

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  3. Que limpo, direto e verdadeiro.
    Parabéns, beijos.
    Patrícia

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  4. Leitores e amigos, agradeço pelos comentários!

    beijos

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